A jovem Miranda Sinclair precisa desvendar um enigma na Nova York do final da década de 1970. Em Amanhã você vai entender, seu melhor amigo é agredido na rua, um estranho pode ter invadido a casa dela e uma série de bilhetes, que ela não compreende nem tampouco sabe quem escreve, alerta sobre a morte de alguém. Alguém que ela poderá ajudar a salvar. À medida que as mensagens chegam, Miranda percebe que quem as escreve sabe de detalhes de sua vida que ninguém deveria saber. E, conforme as peças do quebra-cabeça se encaixam, ela finalmente percebe que a resposta sempre esteve ali, bem em sua frente - mas o tempo é ardiloso: guarda hoje momentos que só amanhã você vai entender.
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Para começo de conversa, as primeiras páginas do livro podem ser pem confusas. Ela não começa a história do início (mesmo que a definição de início desse livro seja um pouco diferente), mas de um ponto depois dos acontecimentos. Mas eu digo: não desista do livro pelo começo, dê uma chance a ele. É incrível.
Já faz umas semanas que eu estou com ele, mas ainda me lembro da história - especialmente depois de dar uma olhadinha na parte em que... bom, eu não vou falar.
Miranda é uma menina que vive com seu melhor amigo Sal. A vida dela é inteiramente normal, sem nada de estranho acontecendo. A mesma rotina, os mesmos detalhes de sempre. Até que um dia, quando ela e Sal passavam na rua, um dos garotos que ficava na garagem, sem motivo nenhum, bate em Sal. Miranda e ele saem correndo, Sal se tranca no apartamento (os dois moram no mesmo prédio) e não fala mais com ela.
Bem, é assim que ela conta que as coisas ficam estranhas.
Alguns dias depois, em uma sexta-feira, Miranda chega em casa e a porta está destrancada, e quando sua mãe chega e ela conta o fato, a mãe e Miranda vão descobrir que a chave reserva que fica escondida na mangueira sumiu.. Na segunda, ela descobre o primeiro bilhete:
M: Isso é difícil. Mais difícil do que imaginei, mesmo com sua ajuda. Mas tenho treinado, e a preparação vai bem. Estou vindo para salvar a vida de seu amigo, e a minha. Peço dois favores. Primeiro, você precisa me escrever uma carta. Segundo, por favor, lembre-se de mencionar onde fica a chave de sua casa. Essa é uma viagem difícil. Não serei eu mesmo quando encontrar você. (Pág. 71)
E aí está a coisa toda: quem escreveu o bilhete? Como esse alguém colocou o bilhete lá? Como essa pessoa sabia onde estava a chave reserva da casa (deve ser a mesma pessoa para poder entrar na casa) e ainda pede para dizer onde está?
Amanhã você vai entender é um livro muito, muito diferente. Pode até parecer, mas ele não foca exatamente no mistério, mas no que acontece à Miranda. Claro, o que cerca os bilhetes é muito importante, mas ela também conta um pouco de como certas coisas acontecem.
O livro é incrivelmente simples, realista. Não trata as coisas do modo fantasioso, mas de algo simples, sem complicações, pois, no fim das contas, Miranda tem doze anos, e com doze anos ainda se é uma criança (ou pré adolescente).
Mas, leiam. É muito legal mesmo. Você, quando começa a ler, tem um suspeito, e, se quer saber, é ele mesmo. Só que de um jeito diferente... ;)
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