28 julho, 2012

Resenha Fome de Michael Grant

Post publicado em http://nat-furlan.blogspot.com.br/2012/07/livro-1-fome-de-michael-grant.html, por mim.

Fome, segundo volume da série Gone, foi escrito por Michael Grant. Editora Record, 532 páginas.


"Já se passaram três meses desde que todos os menores de quinze anos ficaram presos na bolha conhecida como o LGAR. As coisas só pioraram. A comida está acabando, e as crianças cada dia mais estão a desenvolvendo habilidades sobrenaturais. Logo ocorrerá tensão entre aqueles com poderes e os sem 

poderes, e poderá ocorrer uma tragédia indescritível, irrompendo o caos. Normais contra os mutantes, e uma batalha com rumo sangrento. Mas há algo escondido que é mais perigoso. Uma criatura sinistra conhecida como a Escuridão começou a chamar os sobreviventes do LGAR. Ela precisa de seus poderes para sustentar a sua própria. Quando a Escuridão chama, alguém vai responder – com consequências fatais. "
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No ano passado, eu ganhei de aniversário o livro Gone, de Michael Grant, e me apaixonei. Um ano depois, ganhei a continuação, Fome. Sinceramente? Eu esperava bem mais.

O livro começa em um ritmo meio pendendo para o assustador, com o ataque das minhocas carnívoras (sério, eu nunca mais vou entrar numa plantação!) e a morte de E.Z na plantação de repolhos.

Pelo que dá pra perceber, o clima em Praia Pedida é beeem mais tenso: a comida está acabando, Sam Temple - o protagonista de Gone - agora assume o posto de líder da comunidade de crianças normais e aberrações, o que está em uma confusão completa. Depois de três meses, a  comida está acabando, e uma separação entre os normais e as aberrações começa a se formar, além do fato de que Albert - o dono do McDonald's - começa uma pequena rixa com o Sam.

Albert quer reinventar a sociedade. Começando pelo dinheiro. Ele tem um monte de ideias malucas em relação à isso: criação de dinheiro, troca de mercadorias por passa na boate, todo tipo de coisa. O que é meio fora do contexto do que eles estão vivendo.

Falando em coisas fora do comum... Pequeno Pete - irmão autista de Astrid, a genia do LGAR e namorada de Sam - começa a desenvolver seus poderes e a falar. Sério gente, se no livro anterior ele disse dez palavras foi demais. Mas agora ele começa a chamar o nome de uma boneca russa, Nestor. Quer dizer, é bem sinistro, especialmente depois que você começa a assimilar algumas relações entre Nestor / Pequeno Pete / e a coisa na mina chamada Escuridão.

Lana, a Curadora, ainda não se curou completamente depois da ida à mina e de ter sua mente tomada pela Escuridão. Agora ela ouve a voz da Escuridão chamando-a, e quer acabar com isso. Lana, numa versão resumida, quer matá-la. Mas o que exatamente iria acontecer se a Curadora acabasse com esse mal?

E na Academia Coates, as coisas não vão lá muito bem. Caine passou algum tempo com a Escuridão e voltou louco. Completamente fora de si, gritando frases do tipo nada-a-ver e, bem... Diana ainda é a manipuladora cruel, mas agora também podemos ver um pouco do ponto de vista dela (eu me surpreendi com algumas passagens). O Drake... bem, um psicopata nunca muda, não é mesmo? Só para pior: agora Drake, o Mão de Chicote, quer assumir o lugar de Caine e, por consequência, a liderança.

Eu esperava mais no estilo de Gone, ou seja: mais mistério sobre o LGAR, sobre a Escuridão e coisa e tal. Mas agora o autor partiu para os problemas do que isso tudo causou, além dos problemas pessoais dos personagens. Todas as emoções são mais fortes, e algumas mais doidas também.

Lies
3° livro (versão norte-americana)
Mas tem o seguinte: você começa a ler, e depois de certo ponto vai dormir pensando: "Deus, o que vai acontecer? Acho que ainda dá pra ler mais um capítulo...". Demora um pouco para pegar no tranco, mas quando arranca não para mais. É muito emocionante, e em alguns momentos dá vontade de não acabar nunca mais.

Se você começar a ler, vai ter um capítulo muito bizarro com o Duck. Pois bem, eu subestimei o garoto. Ele, no fim das contas (e do livro) é um herói (#chorei). Mesmo pensando que a Orsay teria um papel maior. Destaque para Brianna, Jack (querido Jack, amorzinho, eu vou te matar, traidor!!!!), Dekka.

Os únicos pontos mais baixos foram: a demora para entrar em foco em alguma coisa e o estresse de Sam (amigo, também não precisa dramatizar tanto, é?).


E no final, assim (com pontuação máxima de 5  - vide Skoob):


Enredo: 4
Narrativa: 5
Capa: 4 (seria mais legal com pessoas, e não desenho)
Personagens: 4
Tipografia (tipo de letra): 5

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