19 fevereiro, 2012

Resenha Minha vida fora de série de Paula Pimenta

Minha vida fora de série foi escrito por Paula Pimenta. Editora Gutenberg, 405 páginas.


Sinopse:
Mudar de cidade é sempre difícil, mas fazer isso na adolescência é algo que deveria ser proibido. Como começar de novo em um lugar onde todos já se conhecem, onde os grupos já estão formados, onde ninguém sabe quem você é? A princípio, Priscila não gosta da ideia, mas aos poucos percebe que pode usar isso a seu favor, tendo a chance de ser alguém diferente. Mas será que o papel escolhido é aquele que ela quer realmente representar/ Aos poucos, Priscila percebe que o que importa não é o lugar, e sim as pessoas que vivem nele. E que, além da nova cidade, há algo mais importante para se conhecer: ela mesma.

Quem gosta da série “Fazendo meu filme” não pode perder o livro de estréia desta nova série de Paula Pimenta. Situado no mesmo universo ficcional, temos a oportunidade de acompanhar alguns dos nossos já adorados personagens, três anos antes da história de “Fazendo meu filme” começar.
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Confesso que a princípio, eu não estava muito empolgada com a possibilidade de ler o livro. Mas minha amiga da escola fez bastante propaganda, e acabei cedendo.

O livro conta a história de Priscila, que acaba de se mudar com a mãe para Belo Horizonte, depois da separação dos pais, e até então vivia em São Paulo. Ela não conhece ninguém lá, a não ser a prima Marina, com quem se acostuma facilmente e faz amizade. Como ainda são férias, janeiro, então ainda há um bom pedaço sem aulas para aproveitar.

Marina leva Pri (como Priscila gosta de ser chamada) para um clube em BH, onde ela conhece Clara e Natália, conhecidas da prima, e se torna amiga delas. E lá também conhece o Marcelo.

“A Clara olhou sutilmente para trás, como se estivesse procurando alguém perto do lugar onde os meninos estavam, e logo se voltou para mim, sorrindo. ‘Ah, então você tem bom gosto, hein? Aquele é o Marcelo. Ele tem 18 anos e é o guitarrista da Guarda Moderna! ’”

Mas, além de tudo, o Marcelo é bem pegador. E numa festa do clube, aonde Pri vai com as meninas e conhece a Fani (de Fazendo meu filme), ele declara uma música para ela e depois, tenta beijá-la. Era tudo o que Pri mais esperava, mas não daquele jeito! Então dá o fora nele, deixando-o sozinho.

Quando as aulas começam, Pri, na mesma turma da Natália (8° ano A), conhece um garoto muito fofo, o Rodrigo, e que apesar da personalidade, ele é muito parecido fisicamente com o Marcelo. E é aí que começa a confusão...

“Assim que respondi, resolvi me levantar novamente, pois fiquei curiosa pra ver quem era o garoto que tinha descoberto o meu ponto fraco. Quando olhei para ele, quase tive um ataque do coração. Embora um pouco menor, ele era exatamente igual ao Marcelo.”



Oh, eu simplesmente AMEI esse livro! É uma escrita simples, não muito detalhada, mas simples e divertida, como é Pri quem narra então todos os pensamentos dela estão ali também.

E o mais diferente de tudo é a história. Ok, a parte de ir para uma cidade nova e tudo o mais já é batida; mas o que acontece é o diferencial. Nessas histórias não sobrenaturais, quase sempre não tem um vilão, e aqui, apesar de ele ser só mais malvado, é sim o “vilão”. Tive vontade de estapeá-lo, eu juro. Assim como a Pri algumas vezes, porque, querida, acorda!, você tem 13 anos, então se liga!

Eu também amei os personagens. No início, achei que a Marina seria aquela chatinha que sempre tem, mas na verdade não. Adorei ela e também a Natália, minha xará, hehe. O Rodrigo é a coisa mais fofa do mundo, toca bateria, gosta de música e escreve poesias lindas! O Leo, amigo da Natália e do Rodrigo, é brincalhão e está sempre fazendo piada, e me lembrou o Leo de O Herói Perdido, do Rick Riordan. Enquanto o Leo de MVFS chama a Pri de PRIncesa, o Leo de OHP chama a Piper de “Rainha da Beleza”.

Sem contar a fascinação da Pri por seriados. Ela começa com isso quando ganha da Marina de aniversário a primeira temporada de Gilmore Girls – Tal mãe, tal filha, e depois começa a procurar várias outras séries. Cada capítulo começa com uma frase de uma série, e sempre condiz com algo que vai acontecer.

Super recomendado, e agora vou dar um jeito de ler Fazendo meu filme. Palmas para Paula Pimenta!

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