03 dezembro, 2011

Resenha Calafrio de Maggie Stiefvater

Calafrio, primeiro volume da trilogia "Os Lobos de Mercy Falls", foi escrito por Maggie Stiefvater. Editora Agir, 340 páginas.

"Quando chega o inverno, Grace é atraída pela presença familiar dos lobos que vivem no bosque atrás de sua casa. Ela espera ansiosamente pelo frio desde que fitou pela primeira vez os profundos olhos amarelos de um dos lobos e sobreviveu ao ataque de uma alcatéia. Esses mesmos olhos brilhantes ela encontraria mais tarde em Sam, um rapaz que cresceu vivendo duas vidas: uma normal, sob o sol, e outra no inverno, quando vestia a pele do animal feroz que, certa vez, encontrou aquela garota sem medo.

Tudo o que Sam deseja é que Grace o reconheça em sua forma humana, e para isso bastaria que trocassem um único olhar. Mas o tempo de Sam está acabando. Ele não sabe até quando manterá a dupla aparência e quando se tornará um lobo para sempre. Enquanto buscam uma maneira para torná-lo humano para sempre, têm de enfrentar a incompreensão da cidade, que vê nos lobos um perigo a ser combatido."

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Depois de Para Sempre, este foi o outro "romance romântico" que eu li, e superou muito o primeiro. A trama diferenciada, tudo.

Grace Brisbane, de 17 anos, tinha apenas onze quando foi arrancada do balanço do jardim e levada pelos lobos até o bosque, onde a atacaram. Apenas um não fez nada, permaneceu  parado e fitando-a com os olhos amarelos que a menina nunca esqueceria.

Depois de ser resgatada enquanto estava desacordada, Grace passou todos os dias olhar pela janela, ir ao jardim e esperar para ver o seu lobo, sendo que a casa fica muito perto do bosque. Vez ou outra ele aparecia, os olhos suspensos no meio da neve branca. E os lobos haviam se tornado uma obsessão para ela.

Até que um garoto popular, Jack, é morto pelos lobos. A notícia está em todo lugar, em todos os noticiários, em todas as conversas da escola. Os moradores se enfurecem e começam uma caça ao lobos, entrando na floresta com armas e espingardas.

Grace fica desesperada, e para proteger seu lobo de olhos amarelos, ela inventa uma mentira a um policial, que sua amiga Olívia estava na floresta tirando fotos dos lobos, e nem tudo é mentira, pois Olívia adora tirar fotos. O policial diz que vai avisar os homens, mas a maior parte deles já está no bosque. Grace parte para dentro da floresta, tentando avisá-los, e quando não vê seu lobo em lugar nenhum, ela volta para casa, onde seu pai e sua mãe, uma artista não estão em quase qualquer hora do dia.

Quando chega no jardim de casa, passando pelo bosque, ela percebe um garoto nu caído na varando. Ele está baleado, e Grace não tem dúvidas: é seu lobo em forma humana. Ela tenta ajudá-lo, mas acaba levando-o a um hospital. O lobo se apresenta como Sam. E assim começa a história de amor.

Awn, é muito fofo. O amor deles é muito lindo, pois eles se conhecem de verdade há seis anos. Ele acaba meio que morando na casa de Grace, e todo dia a leva à escola. Vão à livraria juntos, pois ambos gostam de ler. Sam prefere a poesia, como as alemãs de Rilke, que a cita várias vezes.

Mas nem tudo são flores. A irmã de Jack, Isabel, afirma para Grace que ele não está morto, e acha que ele se transformou em lobo também. E a loba psicótica da matilha, Shelby, começa a rodear a casa, em busca de Sam. E ainda Sam não sabe quanto tempo ficará na forma humana, pois os lobos se transformam apenas nos invernos, mas a cada ano é mais difícil se transformar. E ele corre o risco de ser pela última vez uma pessoa.

Adoro a escrita de Maggie, ela torna tudo especial, e as passagens românticas são incríveis. O final é muito fofo maravilhoso surpreendente. Os capítulos são alternados entre Grace e Sam, e dá para ver como eles se sentem, todas as emoções detalhadas. Sim, eu terminei o livro suspirando e desejando ter um Sam para mim. Ele é muito fofo, sensível e poético, enquanto Grace é prática e forte. Ah, adoro também os personagens: Beck, o lobo-líder, Isabel, Rachel e Olívia (amigas de Grace), e sim, Sam. Não consegui me identificar muito com Grace, pois sou mais como Sam. Mas nada de poesia.

Super recomendo!

PS.
Queria colocar alguns trechos do livro, mas acabei tendo que devolvê-lo à biblioteca antes de fazer a resenha. A inspiração só vei praticamente uma semana e meia depois de terminar a leitura.

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